Claudia Andujar e seu universo:
Sustentabilidade, Ciência e Espiritualidade
Claudia Andujar é um paradigma internacional de humanismo construído ao longo de décadas de dedicação à fotografia como forma de escuta e aliança. Sua prática tem se voltado sobretudo para populações historicamente vulnerabilizadas no Brasil — como migrantes nordestinos, mulheres, pessoas negras e povos indígenas —, cujas existências têm sido sistematicamente ameaçadas por projetos de exclusão e apagamento.
Nascida numa família em grande parte judia, em 12 de junho de 1931, em Neuchâtel, Suíça, se mudou para a Hungria quando tinha cinco anos. Seu pai foi aprisionado pelos nazistas e morreu num campo de concentração. Com sua mãe, a jovem Claudia se exilou em Nova York durante a Segunda Guerra Mundial, em fuga do Holocausto. Claudine Haas se tornou Claudia Andujar ao se casar com o espanhol Julio Andujar nos Estados Unidos. Em 1955, o casal veio morar no Brasil e se instalou em São Paulo.
Desde a infância, Claudia Andujar escrevia poemas, depois passou a pintar, até que descobriu a fotografia. “Na pintura, eu me fechava. Na fotografia, eu me abri”. Sua entrega política mais impactante esteve voltada à transformação da consciência coletiva sobre a violência estrutural das hegemonias que operam no país. Denunciou práticas de genocídio, como as perpetuadas contra os povos indígenas por agentes do garimpo e do Estado.
Para Claudia Andujar, a fotografia foi um gesto de enfrentamento da “violentação da violência” social, dimensão tomada emprestada de Michel Foucault. O regime óptico de sua produção foi primeiramente marcado pelo compartilhamento de valores éticos necessários ao olhar de compaixão, simpatia e aliança com os dominados, e à defesa da vida. Só depois, caberia pensar na excelência estética de sua fotografia.
Sustentabilidade. A conservacionista Claudia Andujar colocou sua câmera a serviço da natureza. Sua produção fotográfica denunciou ao mundo o genocídio dos povos indígenas da América do Sul, a espoliação das terras e dos saberes indígenas, o garimpo ilegal, além do envenenamento dos rios amazônicos pelo mercúrio. Sua trajetória também aponta para outra dimensão da sustentabilidade: a de uma arte que se refaz, se ressignifica e permanece em trânsito. Claudia reelaborou continuamente seus negativos desde a década de 1970, em um processo autoral de retorno e reinvenção. Sua fotografia nunca se fecha como documento fixo; é reaberta ao presente como linguagem viva.
Ciência. Aconselhada por Darcy Ribeiro, Claudia Andujar se encaminhou para documentar sociedades indígenas sob o prisma do conhecimento antropológico, incluindo a vida simbólica e a cultura material dos povos originários. Claudia Andujar compõe uma história de mais de 150 anos de emprego da fotografia nesse processo investigativo, ao lado de Sebastião Salgado, Milton Guran, Elza Lima, entre outros — aqui referidos por conta da dimensão estética de suas imagens. Sua atuação foi decisiva, por exemplo, na campanha de vacinação dos Yanomami nos anos 1980, unindo arte, ciência e mobilização política em defesa da vida — uma dimensão pouco conhecida de sua atuação, mas que exemplifica a potência expandida do fazer fotográfico.
Espiritualidade. Em seus primórdios, algumas sociedades não brancas, consideravam que a fotografia “roubava a alma” dos retratados. Ademais, as sociedades indígenas foram catequizadas por missionários católicos, uma guerra simbólica hoje acirrada pelo exacerbado proselitismo de seitas evangelizadoras.
O delicado respeito ético de Claudia Andujar pelas diferenças e especificidades das crenças resultou numa “arte sacra” sui generis, ao registrar com formidável qualidade plástica cerimônias, trajes rituais, cenas de transe e ingestão de substâncias enteógenas, observando teogonias e a unidade entre todos os seres que compõem a terra: água, pedras, montanhas, vegetais, animais, um reino da natureza no qual os humanos se inscrevem sem hierarquização de qualquer espécie.
Antecipando a Ciência do Amanhã
A Ciência Moderna — em seus quatrocentos anos desde René Descartes (1596–1650) – trouxe muitas coisas boas para o mundo. Entretanto, há pelo menos três coisas que só pioram a cada ano: emissão de gases de efeito estufa (e consequente aquecimento global); perda acelerada de biodiversidade (que impacta água, ar, terra e saúde humana); e desigualdade social (capital e recursos concentrados nas mãos de poucos).
A própria Ciência Moderna tem demonstrado inequivocamente que esses três problemas precisam de soluções urgentes para o bem da espécie humana e do planeta. Contudo, a ação prática nessa direção não tem acompanhado as evidências. Tal fato indica claramente que só a Ciência Moderna não basta para reverter os rumos cada vez mais preocupantes que o mundo tem tomado. No estado atual de policrise, não há conhecimento do qual se possa abrir mão, desde que seja democrático e amoroso.
A Arte e Espiritualidade, ao tocarem as emoções, são essenciais para impulsionar as transformações profundas que a humanidade precisa abraçar. A obra de Claudia Andujar promove justamente esses encontros, tão necessários quanto inusitados: da informação com a emoção, do ancestral com o moderno, do sacro com o transgressor, do sul com o norte, do visível com o invisível.
O universo que esses diálogos criam é habitado por uma constelação de seres: humanos e mais-que-humanos, xamãs e mundanos, urbanos e silvícolas, retirantes e ficantes, artistas e cientistas. O universo de Claudia antecipa a ciência do amanhã: aquela que emergirá do diálogo entre todas as formas de conhecimento amorosos e democráticos, sejam eles científicos, artísticos ou espirituais.
História de Sombras na Fotografia Brasileira
Em A República, Platão imaginou pessoas acorrentadas numa caverna, que só teriam conhecimento do mundo exterior através de ruídos e sombras projetadas no fundo desta gruta. No mundo das sombras, só a luz do sol e a liberdade dão acesso ao mundo real e bom. A “Alegoria da caverna” é uma metáfora da teoria do conhecimento. A arte é mimese.
Na fotografia brasileira, sombras conectam gerações que operaram pela imaginação simbólica. Claudia Andujar – adotando a premissa Yanomami, e desapegada do seu eu – projeta sua sombra sobre um tapete de folhas caídas de árvores em clara alusão à floresta com a qual se funde numa unidade viva, desapegada do seu eu. Já a sombra platônica de Bené Fonteles se integra à terra vermelha de Brasília, avizinhada por uma lagartixa: o artista é um ser mimético do mundo.
Paulo Lobo se projeta como sombra de Oxóssi: o fotógrafo, segundo Vilém Flusser, caça o objeto de sua câmera. A autoimagem que registra a projeção do corpo de Mário de Andrade sobre o chão, Sombra minha, que denota seu conhecido narcisismo. Por fim, Na caverna da sombra do meu ego, Solon Ribeiro, ex-curador de cinema do Pompidou, entrecruza a “Alegoria da caverna” de Platão ao egocentrismo de Mário de Andrade.
Legenda expandida - Cildo
Durante os anos de chumbo da ditadura militar, artistas como Cildo Meireles e Claudia Andujar ergueram, cada um à sua maneira, expressões artísticas como formas de denúncia e resistência contra o extermínio de corpos e culturas indígenas. Em A razão e a loucura, Meireles tensiona a fronteira entre a racionalidade e o insano com dois arcos de bambu curvados até quase se quebrarem, mantidos por correntes e cadeados. Num deles, a chave da razão não alcança o cadeado. No outro, a chave da loucura cruza a corrente, insinuando a liberação súbita da força contida. Razão é contenção, e loucura é ruptura.
Construída com material da floresta, a estrutura da obra evoca o ordenamento do mundo e a ameaça de seu desmantelamento, enquanto o metal torna-se metáfora da violência colonial que invade territórios originários. No mesmo contexto histórico, as imagens de Andujar ressoam essa tensão: sua fotografia é a “loucura” e a chave que rompe silêncios e violências de uma narrativa dita racional. Juntas, as obras convidam o visitante a pensar o que se rompe quando a razão se ergue como prisão, e a loucura se torna fuga e sobrevivência.
Citação Clarice
Responsável: Paulo Herkenhoff
“Quem sabe escrevo por não saber pintar?”
Clarice Lispector
Texto de parede - Clarice
Responsável: Paulo Herkenhoff
“Fui à casa de Clarice Lispector para fotografá-la a pedido da revista Claudia, que naquele ano de 1961 preparava uma reportagem sobre a escritora. Pouco me lembro daquele dia perdido no tempo, mas há detalhes que guardo para sempre. Ninguém da revista me acompanhava e fui recebida com muita simpatia por aquela mulher linda, vestida com simplicidade e elegância. Conversamos pouco. Quis deixá-la à vontade para a foto e perguntei como gostaria de se posicionar. Se não me engano, a ideia de sentar diante da máquina de escrever e começar a trabalhar em algum texto foi de Clarice. E então ela se deixou absorver pelo ato de escrever, completamente entregue, sem quase notar minha presença.” Claudia Andujar”
Texto de parede - Espiritualidade Alexandre Rodrigues
Responsável: Rafael Salimena
A chamada Viagem Filosófica, liderada por Alexandre Rodrigues Ferreira no final do século XVIII, foi uma importante expedição científica portuguesa. Por nove anos, percorreu o centro-norte do Brasil (Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso) subindo os rios Amazonas, Negro, Madeira, Guaporé e Paraguai, e produziu um vasto acervo de cerca de novecentas gravuras sobre fauna, flora e modos de vida dos povos originários.
Ferreira iniciou uma classificação original das etnias amazônicas, baseada em corpos, artefatos, moradias e vestimentas. Entre os registros, destacam-se duas imagens que mostram artefatos e uma indígena inalando rapé de paricá.
As sementes de paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke) são usadas na produção de rapé, que é aplicado em rituais de cura, fortalecimento físico e práticas meditativas. Essa árvore venerada por povos originários representa um elo com a sabedoria ancestral e a cura natural.
A Viagem Filosófica, portanto, favoreceu o encontro entre a ciência moderna e a ciência ancestral. Tal diálogo se faz ainda mais necessário em tempos de profunda crise ambiental e espiritual, como agora.
Citações - Claudia Andujar
Responsável: Paulo Herkenhoff
“Na época não me importava não entender a língua dos Yanomami. Nós nos entendíamos com gestos e mímica. As respostas, encontrava no olhar. Não sentia a falta de troca de palavras. Queria observar, absorver, para recriar em forma de imagens o que sentia. Talvez o diálogo iria até interferir. Só mais tarde, quando acabei de fotografar, eu procurei a comunicação verbal.”
Claudia Andujar (1975)
Legenda expandida - Paula Sampaio
Responsável: Paulo Herkenhoff
A mineira Paula Sampaio, residente em Belém, é uma guerreira incansável que luta pela exposição dos desastres produzidos pelos governos ditatoriais ou mesmos democráticos contra a Amazônia, que vão desde a construção da rodovia Transamazônica até a usina de Tucuruí no Pará. No período da baixa das águas, os troncos das árvores submersas no Lago do Tucuruí emergem acima das águas — eles são transformados pelas lentes de Paula Sampaio em seres dilacerados a gritar por socorro, mas sem escuta social. Essas fotografias resultaram no ensaio Lago do Esquecimento.
Legenda Expandida - Plumagens
Responsável: Rafael Salimena
Penas e plumas, para muitos povos originários, expressam beleza e poder. A confecção e uso desses adornos é uma das formas mais elaboradas de arte indígena. Uma peça só alcança sentido pleno quando aplicada ao corpo. Serve também de insígnia, emprestando prestígio a líderes espirituais, chefes políticos e guerreiros. Essa arte exige conhecimento da fauna, técnica e sensibilidade artística — e pode ser identificada pelos estilos próprios de cada tribo ou região — e se transmite entre gerações. O refinamento desta ciência é uma tradição que revela o espiritual.
Citação - Thiago de Mello
Responsável: Paulo Herkenhoff
“Artigo I. Fica decretado que agora vale a verdade / que agora vale a vida, / e que de mãos dadas, / trabalharemos todos pela vida verdadeira.”
Thiago de Mello, Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)
Texto de parede - Floresta e seus habitantes
Responsável: Paulo Herkenhoff
A Amazônia sob o olhar de indígenas, garimpeiros e seringueiros.
A representação da vida na Amazônia teve um salto qualitativo desde os anos 60 a partir da fotografia de Claudia Andujar, e de pintores que interpretam a vida cultural, o imaginário, as mitologias, os conflitos e o trabalho dos ribeirinhos.
Legenda expandida- Floresta e seus habitantes - Chico da Silva
Responsável: Paulo Herkenhoff
Chico da Silva (1910–1986) nasceu no Acre. Seu pai migrou do Ceará para o Acre durante uma seca. Mais tarde, Chico retornou a Fortaleza. Pintou animais da selva como visagens e seres mitológicos.
Legenda expandida- Floresta e seus habitantes - Helio de Melo
Responsável: Paulo Herkenhoff
Hélio Melo (1926–2001) nasceu no Amazonas e viveu no Acre. Ganhou a vida nos seringais. Sua obra principal é composta de desenhos verdes feitos com anilina extraída da folha da seringa. Seu trabalho consagrou a vida cotidiana nos seringais e cogitações populares (“se um cavalo está numa árvore, foi alguém que pôs”).
Legenda expandida- Floresta e seus habitantes - Jair Gabriel
Responsável: Paulo Herkenhoff
Jair Gabriel nasceu em Rondônia (1950). Desde os dez anos de idade, ajudou seu pai no ganha-pão no garimpo. Há algumas décadas, se tornou pintor, chegando a sofisticados resultados plásticos através do pontilhismo. Representou seres imaginários ou fabulosos, como sereias e dragões.
Legenda expandida- Floresta e seus habitantes - Paulo Sampaio
Responsável: Paulo Herkenhoff
Paulo Sampaio foi um dos “soldados da borracha”, como eram chamados os rapazes que, em lugar de se alistarem para servirem no Exército brasileiro na Itália, optaram por fazer a colheita da seiva das seringueiras na Amazônia. O objetivo era produzir borracha, já que o Exército americano dependia desta matéria-prima importada do Sudeste Asiático. Paulo Sampaio representou a vida do seringueiro. Numa série de quadros, documentou a penetração na selva, o ataque de indígenas para defender suas terras, a matança deles pelos seringueiros e a devastação da floresta como resultado da ocupação.
Parede 2
Texto de parede - Marcados (Claudia)
Responsável: Claudia Andujar
1944
Aos treze anos tive o primeiro encontro com os “marcados para morrer”. Foi na Transilvânia, Hungria, no fim da Segunda Guerra. Meu pai, meus parentes paternos, meus amigos de escola, todos com a estrela de Davi, visível, amarela, costurada na roupa, na altura do peito, para identificá-los como “marcados”, para agredi-los, incomodá-los e, posteriormente, deportá-los aos campos de extermínio. Sentia-se no ar que algo terrível estava para acontecer.
Em meio a esse clima de perplexidade, Gyuri me convidou para um passeio no parque. Foi uma confissão de amor. Só assim posso nomear seu desejo de andarmos juntos. Era algo que fazíamos guiados pela intuição. Tratava-se de um passeio somente para me dizer: “Frequentamos a mesma escola. Reparei em você. Você é especial. E bonita.”
Eu também o procurava, dia após dia, caminhando na rua, sempre na mesma hora. Sabia que o veria en passant. Sinto a emoção me apertar a garganta. Naquele dia de junho de 1944 decidimos nos encontrar e confessar nossos sentimentos.
O rapaz judeu estava marcado com a estrela amarela, o mogendovid. Ele tinha quinze anos, e eu, treze. Andamos emocionados, sem falar, olhando-nos furtivamente. Sabia que algo importante estava acontecendo. Era o nascimento do amor. Sentia um formigamento na pele. No fim do passeio recebi um beijo tímido e silencioso, que apenas tocou minha boca. Lembro-me de ter ficado com os lábios ardendo por horas seguidas. Um amor, em circunstâncias tão especiais, a gente nunca esquece. Ao sair com Gyuri, publicamente, sabia que estava desafiando o meu tempo. Nunca mais o revi. Durante anos, guardei um retrato dele no medalhão que usava pendurado no pescoço.
1980
Quase quarenta anos depois, já vivendo no Brasil como fotógrafa engajada na questão indígena, acompanhei alguns médicos em expedições de socorro na área da saúde.
A partir de 1973, durante os anos do “milagre brasileiro”, o território Yanomami na Amazônia brasileira foi invadido com a abertura de uma estrada. Com a mineração, a procura de ouro, diamantes, cassiterita, garimpos clandestinos, e não tão clandestinos, floresceram. Muitos indígenas foram vitimados, marcados por esses tempos sombrios.
Nosso modesto grupo de salvação — apenas dois médicos e eu — embrenhou-se na selva amazônica. O intuito era começar a organizar o trabalho na área da saúde. Uma de minhas atividades era fazer o registro, em fichas, das Comunidades Yanomami. Para isso, pendurávamos uma placa com número no pescoço de cada indígena: “vacinado”. Foi uma tentativa de salvação. Criamos uma nova identidade para eles, sem dúvida, um sistema alheio à sua cultura.
São as circunstâncias desse trabalho que pretendo mostrar por meio destas imagens feitas na época. Não se trata de justificar a marca colocada em seu peito, mas de explicitar que ela se refere a um terreno sensível, ambíguo, que pode suscitar constrangimento e dor. A mesma dor que senti por amor ao pisar na grama do parque, um amor impossível com Gyuri.
Ele morreu em Auschwitz naquele mesmo ano de 1944.
2008
É esse sentimento ambíguo que me leva, sessenta anos mais tarde, a transformar o simples registro dos Yanomami na condição de “gente” — marcada para viver — em obra que questiona o método de rotular seres para fins diversos.
Vejo hoje esse trabalho, esforço objetivo de ordenar e identificar uma população sob risco de extinção, como algo na fronteira de uma obra conceitual.
Citação - Dario Kopenawa
Responsável: Paulo Herkenhoff
“Nós, povos Yanomami e Ye'kwana, reconhecemos o trabalho que a Claudia fez. Ela demonstrou compromisso e amor à população Yanomami. Ajudou muito as nossas lideranças mais velhas. Demonstrou sua capacidade e conhecimento sobre a cultura do povo Yanomami para mostrar ao mundo quem nós somos.”
Dario Kopenawa (2021)
Parede 3
Texto de parede - Trem Baiano
Responsável: Rafael Salimena
Em 1969, durante a ditadura militar, Andujar embarcou sozinha no “Trem Baiano” (ônibus que levava migrantes de volta à Bahia), ligando a estação Roosevelt (hoje conhecida como estação do Brás), em São Paulo, a Salvador, na Bahia. Em uma viagem que durava sete dias, Claudia registrou rostos, silêncios e cansaços de um deslocamento forçado pelo Departamento de Imigração e Colonização. Suas imagens revelam a desigualdade e a esperança quebrada, o que deu ao veículo o apelido de “Trem do Diabo”.
Texto de parede - Rua Direita e Flávio de Carvalho
Responsável: Rafael Salimena
Nos anos 1950 e 1960, no coração da cidade de São Paulo — que fervilhava com gente que trabalhava ou ia às compras — Claudia Andujar e Flávio de Carvalho, cada um a seu tempo, fizeram da rua um palco para repensar formas de estar no mundo. Em Rua Direita, por volta de 1970, ao pousar sua câmera no chão, Andujar inverte a perspectiva e agiganta indivíduos diante da arquitetura com um quê de fantasmagoria, deixa as pessoas maiores que os edifícios e assim constrói uma narrativa própria.
Anos antes, em 1956, Flávio de Carvalho também havia ocupado o centro urbano e fez dele um laboratório de arte e vida. Experiência n. 3 foi um projeto artístico e investigativo — um estudo sobre a história da vestimenta que resultou em uma performance transgressora, que combinou arte, valores sociais e espaço público. Na ação, Flávio desfilou com seu bem-humorado “traje tropical” — uma vestimenta masculina para o verão como crítica ao hábito urbano brasileiro de imitar o modo europeu de se vestir — composto por uma blusa transparente aberta sob os braços, saia/bermuda-saiote de pregas, meia arrastão e sandálias. A performance tensionou códigos morais, revelando seu corpo como território e instrumento de poder ao caminhar contra o fluxo de sua época. O impacto nos passantes foi imenso!
Juntas, essas obras lembram que atravessar a cidade pode ser (e muitas vezes é) um gesto político, capaz de sustentar, resistir ou fazer ruir o cotidiano quando encontra a arte pelo caminho. Cauê Alves justapôs as fotografias de Flávio de Carvalho às de Claudia Andujar numa exposição no MAM de São Paulo e, agora, as obras da dupla de artistas se encontram novamente
Texto de parede - SP não é uma cidade
Responsável: Paulo Herkenhoff
O filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser (1920–1941), professor da USP, declarou categoricamente que São Paulo não é uma cidade. A chocante afirmação resultou de uma análise da teia urbanística da Paulicéia, com mais de um “centro”. Os símbolos de poder político, religioso e econômico, além dos monumentos públicos e símbolos culturais, que no modelo ocidental de cidade se concentravam numa só região, estavam agora dispersos pelo vasto território da metrópole. Para Flusser, era necessário pensar então o que seria a vibrante metrópole em termos urbanísticos.
Cláudia Andujar dispersou tematicamente sua São Paulo através de séries fotográficas que incluíam o vai-e-vem dos migrantes, a pressa dos transeuntes na rua Direita, vistas aéreas, seu próprio percurso pela cidade vista de dentro de seu fusca ou os autorretratos de seu mirante (o próprio apartamento), de onde avistava o mundo alinhado de arranha-céus. Ao se aproximar da subjetividade dos paulistanos, os pensa na beleza da cidade através de ângulos de visão, cortes, cor e procedimentos no laboratório; Cláudia Andujar inventou amorosamente sua São Paulo particular.
Citação - SP não é uma cidade
Responsável: Paulo Herkenhoff
“São Paulo não é uma cidade.”
Vilém Flusser
Legenda Expandida - Série Fusca (Claudia em trânsito)
Responsável: Rafael Salimena
Em 1976, Claudia Andujar e seu companheiro George Love, iniciaram uma travessia pelo Brasil, de São Paulo a Roraima, a bordo de um fusca preto. O carro, levado para servir à comunidade Yanomami em emergências – se transformou num estúdio em movimento, até mesmo ao pegar carona em uma balsa de cimento para atravessar rios.
Uma extensão do olhar da fotógrafa, as janelas do fusca funcionavam como uma segunda lente para a sua câmera, registrando cenas de um país suspenso pela ditadura militar.
Ao chegar nas terras Yanomami, o veículo ganhou um novo sentido ao ser rebatizado de "Watupari”, ou “urubu sem asa”. A máquina virou lenda, como em prenúncio à nova e inadiável missão na vida de Andujar como ativista. Essas imagens, acrescidas de cor, talvez revelem justamente a luz colorida que a ditadura tentava apagar.
Legenda Expandida - O dia que virou noite
Responsável: Rafael Salimena
Em 19 de agosto de 2019, o céu da cidade de São Paulo manifestou um fenômeno espantoso: escureceu no meio da tarde. O evento surpreendeu e ganhou a atenção de todo o Brasil.
Segundo os meteorologistas, foi resultado de diferentes fatores atmosféricos. Uma massa de ar polar avançou sobre o estado e encontrou muita umidade relativa no ar. Simultaneamente, partículas de fumaça vindas de queimadas na Amazônia e Bolívia foram levadas por ventos até São Paulo. Esse cenário se juntou com o ar da cidade, saturado de poluição.
A mistura de ar frio e grande quantidade de partículas poluentes impediu a entrada da luz solar e causou o escurecimento no meio do dia. O episódio ficou conhecido como “o dia que virou noite”.
Tudo é conectado, e as imagens refletem as relações e conexões entre modos de vida de diferentes territórios. De que forma nosso modo de vida impacta a vida de pessoas em lugares distantes?
Paredes Centrais
Legenda Expandida - Carlos Papá (Filosofia da Vida) / Parede 04
Responsável: Rafael Salimena
A filosofia de Carlos Papá confronta a lógica reducionista da ciência moderna, que reduz o todo a partes. Na cosmologia Guarani, tudo é um corpo só, e ciência e espiritualidade não se separam: o conhecimento nasce da escuta e da convivência com o invisível e exige adentrar a escuridão do desconhecido. Para os Guaranis, "A Mata Atlântica não é Mata Atlântica. ‘Atlântica’ é o nome do mar que o juruá criou. Para nós, o mar é o mar. Seja lá onde for, mar é mar. Para nós, não existe isso de Pacífico e Atlântico.”
Legenda Expandida - Arigó / Parede 05
Responsável: Rafael Salimena
Em 1967, Claudia Andujar foi a Congonhas do Campo, Minas Gerais, para registrar o médium Zé Arigó, famoso pelas cirurgias espirituais que intrigavam médicos, fiéis e curiosos. Arigó atraía multidões em busca de cura, formando filas intermináveis que misturavam fé, desespero e polêmica. Na lente de Claudia, os corpos que se submetiam à lâmina improvisada revelam a vulnerabilidade extrema e a força da crença. As imagens expõem o clima quase cinematográfico de um Brasil em que mistério, espiritualidade e cura se cruzam num só gesto.
Legenda Expandida - Queimadas / Parede 08
Responsável: Fabio Scarano
O fogo talvez seja o mais eloquente dos quatro elementos a expressar as ambiguidades do mundo natural. Cria uma tênue fronteira feita de brasa que separa a luz do mistério, o sagrado do profano, o ritual da devastação, o acolhimento da incineração. Em conjunto, as imagens de Claudia Andujar, Frans Krajcberg e João Farkas revelam o fascínio da chama que ritualiza e maneja e o horror do incêndio que consome e destrói. As imagens destes artistas evidenciam o que a ciência demonstra: o fogo é um elemento sagrado que requer reverência e cuidado. Nossas avós e nossos avôs já alertavam: “quem brinca com fogo se queima”.
Citação - Krenak / Parede 10
Responsável: Paulo Herkenhoff
“As crianças Krenak anseiam por serem antigas. Isso porque [...] as crianças ainda têm a liberdade e a autonomia de aspirar mundos, elas valorizam muito os velhos. As pessoas antigas têm a habilitação de quem passou por várias etapas da experiência de viver. [...] ensinam as medicinas, a arte, os fundamentos de tudo que é relevante para ter uma boa vida.”
Ailton Krenak, Futuro ancestral, 2022
Texto de parede - Demarcação / Parede 11
Responsável: Rafael Salimena
Terra Indígena Yanomami
A demarcação de terras indígenas no Brasil é um processo de reconhecimento dos direitos originários dos povos indígenas sobre seus territórios tradicionais e envolve todas as esferas do poder público, conforme a Constituição de 1988. Esse reconhecimento é essencial para a continuidade física, cultural e política desses povos. No entanto, o processo tem sido sistematicamente desarticulado, e a violência contra a existência indígena atravessa mais de quinhentos anos de história.
Nos anos 1970, Andujar estabeleceu um compromisso de vida com o povo Yanomami e sua fotografia se tornou ferramenta de escuta, denúncia, mobilização e transgressão. Foi responsável pela fundação da Comissão de Criação do Parque Yanomami, decisiva na luta pela demarcação da Terra Indígena Yanomami, homologada em 1992.
A demarcação é entendida aqui não apenas como direito jurídico, mas como medida vital de preservação de modos de vida, de sistemas de conhecimento e das florestas que sustentam múltiplas formas de existência.
Texto de parede - Brasília / Parede 12
Responsável: Paulo Herkenhoff
Brasília, o deserto inicial
Na década de 1950, falava-se do “deserto do Planalto Central”, depois de desmatarem e aplainarem o terreno onde a capital federal seria erguida. Era ainda um deserto de gente, de plantas, de edifícios. Cláudia Andujar capturou esse momento psicológico do vazio de Brasília através de dois homens que caminham na vastidão sem horizonte.
Residente em Brasília, o artista Christus Nóbrega, em 2022, inventou uma história da cidade utilizando inteligência artificial. A escolha do local para implantar a cidade se deu por meio do “jogo de ossos” feito por uma matriarca negra da região para consultar os ancestrais sobre o melhor lugar para a nova capital do Brasil. Em parte, trata-se de uma analogia à visão de Dom Bosco, padroeiro da cidade, cuja visão do lugar ideal inspirou Juscelino Kubitschek. Christus criou uma cena ficcional em que o urbanista Lúcio Costa usa ossos para desenvolver o plano urbanístico de Brasília.
Legenda Expandida - Matadouro / Parede 16
Responsável: Rafael Salimena
A vulnerabilidade é uma fresta na qual a vida, prestes a deixar de ser, pulsa com máxima intensidade. Assim, ela não é um ponto fraco, mas um ponto de tensão e equilíbrio entre infinito e finito. A cena expõe corpos que, como os nossos, são vulneráveis. De maneira paradoxal, nos diz tanto sobre a simpatia (isto é, "sentir juntos") quanto sobre a violência dos sistemas que conduzem ao fim.
Legenda Expandida - Mulheres na Amazônia / Parede 19
Responsável: Fabio Scarano
Ao longo de quatro séculos, a arte de três mulheres audaciosas e encantadas com a Amazônia deu apoio à ciência e à conservação da floresta e sua gente. Maria Sibylla Merian (naturalista alemã; 1647–1717), veio para o Suriname em 1699, acompanhada de sua filha, para estudar a fauna e a flora da região. Produziu desenhos científicos, como o da metamorfose das borboletas, e trabalhou pelo resgate do saber ancestral sobre o uso das plantas. Emilie Snethlage (naturalista alemã; 1868-1929) dirigiu o Museu Goeldi entre 1914 e 1922 e fez pesquisas de campo sobre aves da Amazônia. Margaret Mee (ilustradora botânica inglesa; 1909–1988), amiga de Burle Marx e contemporânea de Cláudia Andujar, se radicou no bairro carioca de Santa Teresa, e desenhou plantas amazônicas in vivo com tal precisão artística, que até hoje são usados como apoio à taxonomia botânica: notadamente a flor-da-lua, que se abre à noite e de vida bastante efêmera. Já Claudia Andujar, com sua fotografia, foi a antropóloga visual que revelou ao mundo povos da floresta e seus meios de vida. Essas mulheres traduzem arte e ciência em sabedoria.
Legenda Expandida - Mercúrio/Garimpo / Parede 20
Responsável: Paulo Herkenhoff
O mercúrio ainda é empregado por garimpeiros na Amazônia para amalgamar o ouro encontrado no solo ou na água. A técnica consiste em aquecer a mistura de sedimentos a uma temperatura tal que leva o mercúrio à evaporação, e resulta na separação do ouro. A ingestão do mercúrio empregado neste processo pode ser letal para pessoas e os animais, como os peixes. Essa forma de garimpo assassinou dolosamente grandes quantidades de pessoas indígenas e segue ameaçando várias comunidades, além de criar deformações na gestação de bebês indígenas.
Texto de parede - Garimpo Ilegal / Parede 20
Responsável: Paulo Herkenhoff
“Explosão do garimpo ilegal na Amazônia despeja 100 toneladas de mercúrio na região. Metal encontrado em 2019 e 2020 na região de terras indígenas contamina água, solo e ar. Estudo achou altas concentrações em quatro a cada 10 crianças menores de cinco anos nas regiões Yanomami.”
Flávio Ilha, El País, 20 de julho de 2021.
Legenda Expandida - George Love e Claudia / Parede 22
Responsável: Paulo Herkenhoff
Claudia Andujar e George Love, dois fotógrafos da revista Realidade, foram casados. Juntos, produziram o foto livro Amazônia em 1978 (editora Praxis, com projeto gráfico do artista plástico Wesley Duke Lee), de caráter precursor por sua abordagem visual e cinemática complexa, através de 150 imagens. Amazônia é uma festa visual para os olhos com a exposição dos esplendores naturais da floresta. No campo político, o livro expõe a relação seminal entre o povo Yanomami e seu território. O prefácio encomendado ao poeta amazônida Thiago de Mello foi censurado pela ditadura militar.
Texto de parede - Ditadura/Circunstâncias / Parede 24
Responsável: Camila Oliveira
Previsão e registro da história
Brasil, década de 1970. Num só enquadramento, Andujar suspende o tempo: de um lado, o corpo-floresta — território indivisível que observa em silêncio; do outro, a máquina-nação que confunde clareira com pista de pouso. Helicópteros militares raspam o ar com a promessa estridente de um futuro que lhes é alheio. A cerca, mais do que dividir o espaço, esculpe ontologias em desacordo.
Durante o auge do regime, a Amazônia foi convertida em fronteira de segurança nacional, subordinada a um projeto desenvolvimentista que via na floresta um “vazio a ser ocupado”. Estradas cortavam territórios milenares, enquanto postos de atração promoviam contatos forçados sob a bandeira da “integração”, disseminando epidemias, deslocamentos e violência. Nesse cenário, o encontro à beira da cerca encena o confronto entre a Terra que sente, habita e pensa e a engrenagem que mede, reduz e administra — entre modos de existência que brotam da floresta e uma política que a transforma em cifra territorial.
Claudia Andujar tornou-se testemunha e aliada dos Yanomami. Sua relação ultrapassou os limites da fotografia e a levou a enfrentar o Estado: foi expulsa da região pela Funai durante a ditadura militar, após denunciar as violações aos direitos indígenas e seus efeitos devastadores. Em resposta, fundou a Comissão Pró-Yanomami em 1978, articulando uma rede internacional em defesa da demarcação territorial e dos direitos dos povos originários.
É nesse entrelugar que vibra a potência anunciadora da imagem. Cada hélice que corta o ar reencena um big bang particular do Brasil-moderno, engolindo cosmogonias inteiras sob a promessa de progresso e de um novo começo. Ao mesmo tempo, o gesto do registro rasga o véu civilizatório: imagem não é vitrine neutra, mas arena onde memórias reivindicam narrativa. Encará-la é tornar visível, fora do enquadramento, a engrenagem colonial que continua girando. Entre cercas e hélices, vemos modulações de um mesmo mundo em desacordo.
Texto de parede - Maloca / Parede 25
Responsável: Julia Meira
As malocas são habitações coletivas que compõem as aldeias indígenas. Elas são construídas em consonância com a natureza, atentas às condições climáticas e aos materiais locais de cada território, como a madeira, o cipó e a palha. Essas particularidades fazem com que cada aldeia seja única, refletindo sua cultura e identidade.
Elas nos revelam um saber construtivo milenar, transmitido e mantido através de gerações, como evidenciado pelos registros fotográficos pioneiros de Frisch, feitos por volta de 1867 na Amazônia. As malocas são verdadeiros centros de vida carregados de significados simbólicos, onde as atividades cotidianas e a convivência comunitária acontecem.
Um de seus aspectos mais intrigantes é o seu ciclo de renovação, que varia de acordo com cada etnia e nos ensina sobre a impermanência e a adaptação. Para os Yanomamis, por exemplo, a queima da maloca pode representar momento de migração, estratégia para controlar pragas ou ritual pós-morte de um líder. Em outros casos, quando a cobertura de palha se torna muito seca, a própria comunidade realiza sua queima controlada e, em um gesto de continuidade, constrói outra em seu lugar.
Legenda Expandida - Parteiras / Parede 26
Responsável: Rafael Salimena
Em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, por volta de 1967, Claudia Andujar acompanhou dona Odila, parteira que preservava práticas ancestrais do parto natural, e produziu fotografias emblemáticas de uma mulher dando à luz.
A série de fotografias dialoga com a obra História do parto, de Maspã Huni Kuin, mestra artesã da Terra Indígena Kaxinawá. Para o povo Huni Kuin (palavra que significa “povo verdadeiro”), a maternidade é um símbolo de continuidade da cultura, história e existência: da ancestralidade. Entre rezas, ervas e banhos, as mães indígenas passam por transformações que se manifestam na “mãe do corpo” — um ente invisível que coabita o corpo da mulher e lhe transmite saberes para acolher o bebê e proteger o futuro. A mulher-mãe preserva e resguarda a cultura, a ancestralidade e o território vivo de seu povo.
Legenda expandida - Homenagem Claudia / Parede 27
Responsável: Paulo Herkenhoff
O contrato social da fotografia de Claudia Andujar pressupõe uma relação de confiança com o Outro, que se tornou as subjetividades do universo indígena. As tarefas de sua câmera são compreender a poética existencial dos povos indígenas e servir como arma de denúncia contra toda a violência (é o desafio proposto por Michel Foucault: “violentar a violência”) dirigida aos povos originários.
Citação - Fotografar é o processo / Parede 27
Responsável: Paulo Herkenhoff
“Fotografar é o processo de descobrir o outro e, através do outro, a si mesmo.”
Claudia Andujar.
Legenda Expandida - Duas Nonagenarias ativas e ativistas / Parede 29
Responsável: Paulo Herkenhoff
Inventoras Nonagenárias
Duas imigrantes européias, a judia suíça Claudia Andujar e a britânica Maureen Bisilliat, se tornaram grandes intérpretes da sociedade brasileira através da fotografia. O olhar cuidadoso de Bisilliat produziu ensaios, como uma reinterpretação do Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, em preto e branco, ou Xingu a cores, do qual aqui se exibe um retrato. O olhar de Maureen se marca pela beleza estética que extrai desses universos culturais. Já as lentes de Claudia Andujar focalizam, quase sempre em preto e branco, detalhes dos rostos, da maternidade, das cerimônias religiosas, dos mitos, da pintura corporal e doutros elementos da cultura simbólica e material, sobretudo dos Yanomamis. Com isso, uma sequência de imagens ou uma única fotografia pode oferecer eminentemente uma visão antropológica de um universo sob o perigo de desaparecimento ou sob ameaças de genocídio.
Esse par de artistas nonagenárias homenageia todos os idosos, com qualquer que seja sua história de vida, para enunciar a contribuição individual de cada um para a sociedade.
Legenda Expandida - Escolas Vivas / Área Infantil
Responsável: Cris Takua
Escolas Vivas
A Associação Selvagem cultiva estudos e atividades por meio de uma rede colaborativa, entrelaçando conhecimentos e expandindo os movimentos articulados à imensa sabedoria dos povos indígenas. Uma dessas atividades é o movimento Escolas Vivas, coordenado por Cristine Takuá, Educadora, mãe, parteira, pensadora Maxakali – ela habita, com seu companheiro Carlos Papá e seus filhos, Kauê e Djeguaka, a Terra Indígena Rio Silveira do Povo Guarani Mbyá.
Ela mantém vivos os diálogos e o compartilhamento das vivências e escutas das cinco Escolas Vivas hoje existentes: Shubu Hiwea, Huni Kuin; Aldeia Escola Floresta, Maxakali; Mbyá Arandu Porã, Guarani Mbyá; Bahserikowi, Tukano, Dessano e Tuyuka; Wanheke Ipanan Wha Walimanai, a Escola Viva Baniwa.
Este movimento de fortalecimento e transmissão de saberes indígenas, se volta para tecer redes de afetos e despertar memórias. Trata-se de uma alternativa à monocultura mental. Em diálogo com o tempo, entende códigos que nos rodeiam, e alcança percepções de tecnologias ancestrais que foram capturadas por formas de transmissão de saberes que habitam as escolas não vivas.
O primeiro momento das Escolas Vivas foi o Tempo do Despertar — estruturar o enfrentamento aos impactos da colonização da escolarização. O segundo momento foi o Tempo do Respiro, quando os caminhos vão se abrindo em ações coletivas, transformando a relação do ensinar-aprender pela troca constante de saberes ancestrais, ouvindo e sonhando histórias junto: a crianças, jovens e anciãos. À medida que cada comunidade se reconheça como Escolas Vivas ativas, chegaremos ao Tempo da Abundância. Nele, cada coletivo ativo transformará seu território no Tempo das Memórias Vivas e Ativas — um fluxo de trocas sensíveis e interações com todas as formas de vida.
Cristine Takuá
Leyendas de las Obras
Responsable: Fernando Leite e Museu do Amanhã
Legenda das obras Claudia Andujar
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Vertical 18 (Papiú, RR), 1981–1983
Série Marcados
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Vertical 16 (Surucucus, RR), 1981–1983
Série Marcados
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Vertical 11 (Mucajaí, RR), 1981–1983
Série Marcados
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Vertical 10 (Ericó, RR), 1981–1983
Série Marcados
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Marcados para, 1989
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Genocídio do Yanomami, 1989
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Urihi-a, 1976
Série A casa
Cromo 35 mm infravermelho digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Maloca rodeada de folhas de batata-doce, 1976
Série A casa
Cromo 35 mm infravermelho digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Sem título, 1972–1976
Série A floresta
Cromo 35 mm infravermelho digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Jovem Wakatha u thëri, vítima de sarampo, é tratado por xamãs e paramédicos da missão católica do Catrimani, 1972–1976
Série Consequências do contato
Cromo 35 mm infravermelho digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Yanomami na frente de trabalho da construção da rodovia Perimetral Norte, RR, 1975
Série Consequências do contato
Cromo 35 mm infravermelho digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Maloca dos Korihana thëri, Catrimani, 1972–1976
Série A casa
Cromo 35 mm infravermelho digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Yano-a, Catrimani, 1976
Série A casa
Cromo 35 mm infravermelho digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Rua Direita, 1970
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Através do Fusca, 1975–2024
Impressão digital e acrílico colorido cortado a laser
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Minha vida em dois mundos 2, 1974
Cromo 35 mm infravermelho digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Minha vida em dois mundos 3, 1974
Cromo 35 mm infravermelho digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Minha vida em dois mundos 4, 1974
Cromo 35 mm infravermelho digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Trem baiano, 1969
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Ixiti e Waikama Uxiu thëri na maloca que visitam, Catrimani, 1974
Série O Reahu
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
O xamã e tuxaua João assopra o alucinógeno yãkoana, Catrimani, 1974
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Sem título, 1974
Série O Reahu
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Sem título, Catrimani, 1974
Série O Reahu
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Jovem em rede tradicional de algodão, planta que as mulheres aprenderam a cultivar e fiar, Catrimani, 1974
Série O Reahu
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Yanomami, 1974
Série A casa
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Descaminho, 1980–1989
Série Genocídio do Yanomami
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Clarice Lispector, 1961
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Um homem uma pedra, dois homens duas pedras, Brasília, 1965
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Autorretrato em Bento Gonçalves, 1966
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Sem título, 2002
Série Sonhos Yanomami
Sobreposição de cromo digitalizada, impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia AndujarNeuchâtel, Suíça, 1931
Desabamento do céu/ O fim do mundo, 2002
Série Sonhos Yanomami
Sobreposição de cromo digitalizada, impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Catrimani, 1971–1972
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Convidado enfeitado para festa com penugem de gavião, fotografado em múltipla exposição, Catrimani, 1974
Série O Reahu
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Sem título, 1974
Série Identidade
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Vertical 19, 1983
Série Marcados
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Consequências do contato, 1989
Série Genocídio do Yanomami
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Maloca em chamas, 1976
Série A casa
Filme infravermelho digitalizado em Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Pista de pouso militar na região de Surucucus, 1983
Série Consequências do contato
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Sem título, Funai – Serra Parima, 1982
Série Consequências do contato
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Sem título, Campo Grande, 1964
Série Matadouro
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
A jovem Susi Korihana thëri em um igarapé, Catrimani, RR, 1972–1974
Série A floresta
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Discurso de Davi no Congresso Nacional do Brasil, 1988
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Arigó, 1967
Série Histórias reais
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Sem título, 2008
Série Meu mundo
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
O espírito da floresta, 2002
Série Sonhos Yanomami
Sobreposição de cromo digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
O poder da água, 2002
Série Sonhos Yanomami
Sobreposição de cromo digitalizado e impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Parteira, 1966
Série Histórias reais
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Árvore de cigarro (fungo Camillea Ieprieurii), 1974–1976
Série Flora
Filme infravermelho digitalizado em impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Claudia Andujar
Neuchâtel, Suíça, 1931
Catrimani, 1974
Série O Reahu
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Desenhos Yanomami (Projeto de Claudia Andujar e Carlo Zacquini)
Desconhecido
Sem título, 1976
Série Ñoamu
Pincéis atômicos, canetas hidrográficas sobre papel
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Legenda das obras Outros Artistas
Lew Parrella
New Haven, CT, Estados Unidos, 1927 – São Paulo, SP, Brasil, 2014
Claudia Andujar, 1961
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Carlo Zacquini
Varallo, Vercelli, Itália, 1937
Claudia Andujar, 1974
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Olney Krüse
São Paulo, SP, Brasil, 1939 – Atibaia, SP, Brasil, 2006
Claudia Andujar, 1983
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Martijn van Nieuwenhuyzen
Amsterdã, Holanda, 1958
Claudia Andujar, 2018
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Johann Feindt
Hamburgo, Alemanha, 1951
Claudia Andujar, 2019
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Johann Feindt
Hamburgo, Alemanha, 1951
Claudia Andujar e Heidi Specogna, 2019
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Robert M Davies
Desconhecido
Sem título,1989
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Fiona Watson
Desconhecido
Sem título, 1991
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Desconhecido
Desconhecido
Claudia dos Xikrin, 1972
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Victor Moriyama
São Paulo, SP, Brasil, 1984
Sem título, Sem data
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
Jan Fjeld
Kirkenes, Noruega, 1960
Claudia Andujar, 2024
Impressão digital
Coleção da artista, Cortesia Galeria Vermelho
João Farkas
São Paulo, SP, Brasil, 1955
Amazônia, 1990
Impressão digital a jato de tinta
Acervo do artista
João Farkas
São Paulo, SP, Brasil, 1955
Caminhão madeireiro na Cuiabá-Santarém, 1987
Impressão digital a jato de tinta
Acervo do artista
Walter Firmo
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1937
Sem título, 1982
Impressão fotográfica sobre papel
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Doação do artista
Hélio Melo
Vila Antimary, Boca do Acre, AM, Brasil, 1926 – Goiânia, GO, Brasil, 2001
Sem título, segunda metade do século XX
Nanquim e pigmento natural sobre cartão
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Luís Paulo Montenegro
Hélio Melo
Vila Antimary, Boca do Acre, AM, Brasil, 1926 – Goiânia, GO, Brasil, 2001
Sem título, 1996
Nanquim e pigmento natural sobre cartão
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Luís Paulo Montenegro
Guilherme Vaz
Araguari, MG, Brasil, 1948 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2018
Totem, 2015
Totem coberto de maracás
Coleção Guilherme Vaz
Cildo Meireles
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1948
A razão e a loucura, 1975–1976
Escultura
Acervo do artista
Chico da Silva
Alto Tejo, AC, Brasil, 1910 – Fortaleza, CE, Brasil, 1985
Sem título, década de 1960
Guache em papel sobre compensado
Coleção Lêo Pedrosa
Paulo Sampaio
Desconhecido
Rio Parauapebas: A batalha e morte entre seringueiros e indígenas, 2013
Tinta sobre borracha natural
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Z
Paulo Sampaio
Desconhecido
Extração da borracha, 2013
Acrílica sobre borracha natural
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Z
Paulo Sampaio
Desconhecido
O soldado de borracha, 2013
Pintura sobre madeira
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Z
Denilson Baniwa
Barcelos, AM, Brasil, 1984
Natureza morta, 2016
Impressão digital
Acervo do artista
Thiago Martins de Melo
São Luís, MA, Brasil, 1981
Rasga mortalha, 2019
Animação Stop Motion, 13’50”
Acervo do artista
Maspã Huni Kuin
Aldeia Belo Monte, AC, Brasil
A história do parto, 19 set. 2020
Guache sobre tecido
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Z
Xadalu Tupã Jekupé
Alegrete, RS, Brasil, 1985
Área indígena, 2025
Pintura comissionada
Xadalu Tupã Jekupé
Alegrete, RS, Brasil, 1985
Abdução Kaiowá, 2012
Série Ordem e Progresso?
Impressão digital, serigrafia, stencil, sublimação sobre impressão fotográfica, impressão digital sobre tecido, colagem
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Z
Xadalu Tupã Jekupé
Alegrete, RS, Brasil, 1985
Nhemongarai, 2019
Série Cosmovisão
Gravura em metal e carimbo sobre papel
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Z
Jornal do Brasil, 24 e 25 de dezembro de 1988
Matérias sobre o assassinato de Chico Mendes
Reprodução digital de jornal
Acervo Jornal do Brasil
Sebastião Salgado
Aimorés, MG, Brasil 1944 – Paris, França, 2025
O xamã Ângelo Barcelos (Koparihewë, que significa “Chefe de Canto” ou “Voz da Natureza”), da comunidade de Maturacá, interage com os espíritos Xapiri em visões durante a subida para o Pico da Neblina, mais alta montanha brasileira. Para os Yanomami, é um local sagrado, denominado Yaripo. Terra Indígena Yanomami. Estado do Amazonas, 2014.
Impressão digital
Acervo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG)
Flávio de Carvalho
Barra Mansa, RJ, Brasil, 1899 – Valinhos, SP, Brasil, 1973
Experiência nº 3, outubro de 1956, com Flávio de Carvalho andando pelas ruas de São Paulo com seu 'traje de verão', acompanhado pela multidão.
Impressão digital
Fundo Flávio de Carvalho, CEDAE/IEL, UNICAMP
Kaio Lakaio
São Paulo, SP, Brasil, 1995
O dia que virou noite, 19 ago. 2019, segunda-feira, São Paulo, SP
Impressão digital
Acervo pessoal
Miguel Rio Branco
Las Palmas de Gran Canária, Ilhas Canárias, Espanha, 1946
Ritmo dos Santos, 1983
Impressão Digital
Acervo do artista
Mario Cravo Neto
Salvador, BA, Brasil, 1947 – Salvador, BA, Brasil, 2009
Odé, 1988
Série Eterno Agora
Impressão Digital
Acervo do artista
Mário de Andrade
São Paulo, SP, Brasil, 1893 – São Paulo, SP, Brasil,1945
Sombra minha, fazenda Santa Tereza do Alto, Itupeva, SP, 1928
Reprodução fotográfica
Arquivo Mário de Andrade - Acervo do Instituto de Estudos Brasileiros - IEB/USP
Bené Fonteles
Bragança, PA, Brasil, 1953
Mandala e sombras, 2023
Impressão digital
Acervo do artista
Paula Sampaio
Belo Horizonte, MG, Brasil, 1965
Árvore, filme realizado em 2013 em Tucuruí, PA, e editado em Belém, PA, em 2015
Audiovisual, 14’15”
Acervo da artista
Maureen Bisilliat
Englefield Green, Inglaterra, Reino Unido, 1931
Xingu Terra, 1981
Impressão digital
Coleção Silvia Velludo, Galeria Marcelo Guarnieri
Siron Franco
Goiás, GO, Brasil, 1947
Peixe Pirarucu, 2024–2025
Resina cristal, objetos diversos no interior (pilha, barbeador, copos, garrafa pet)
Galeria Cerrado
Jair Gabriel
Porto Velho, RO, Brasil, 1950
Dragões alados, 2008
Acrílica sobre tela
Galeria Roberto Alban
Hal Wildson
Vale do Araguaia, região de fronteira entre Barra do Garças, MT e Aragarças, GO, Brasil, 1991
Utopya: Refloresta imaginada, 2024
Gravado no sul da Bahia, região simbolicamente conhecida como "Costa do Descobrimento”
Videoarte, 8’00”
Acervo do artista
João Trevisan
Brasília, DF, Brasil, 1986
Sol, 2025
Óleo e encáustica sobre tela
Galeria Simões de Assis
NHË'ERY
Audiovisual, 1’54”, 2021
JEROKY
Audiovisual, 4’09”, 2021
AYVU RAPE
Audiovisual, 1’23”, 2021
XEYVARA RETÉ
Audiovisual, 2’25”, 2021
KA’AGUY
Audiovisual, 1’54”, 2021
Realização: Selvagem Ciclo
Criação: Anna Dantes, Carlos Papá, Cris Takuá e Elisa Mendes
Filmagem e edição: Elisa Mendes
Transcrição para legendas: Katlen Rodrigues
Legendas inglês: Lucas Medeiros
Filmado em 2021, na Terra Indígena Ribeirão Silveira, o território da Escola Viva Guarani MBYA ARANDU PORÃ
Armando Queiroz
Belém, PA, Brasil, 1968
Ymá Nhandehetama (Antigamente fomos muitos), 2009
Audiovisual, 8’20”
Acervo do artista
Edu Simões
São Paulo, SP, Brasil, 1956
Série Vermelha (Congresso Nacional), 2017–2021
Fotografia com transmutação de cor
Acervo do artista
Christus Nóbrega
João Pessoa, PB, Brasil, 1976
O maestro, 2022
Série Brasília, enfim, 2022
Impressão digital
Acervo do artista
Tirry Pataxó
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Corais de lá, 2024
Acrílica sobre tela
Coleção Ronaldo Simões e Carolina Teixeira
Jorge Bodanzky
São Paulo, SP, Brasil, 1942
A realidade de Claudia Andujar, 2015
Audiovisual, 5’38”
Realização e produção: Instituto Moreira Salles e Jorge Bodanzky
Acervo Instituto Moreira Salles e Jorge Bodanzky
Albert Frisch
Augsburgo, Alemanha, 1840 – Berlim, Alemanha, 1918
Maloca, habitação dos índios Ticuna, 1867
Impressão digital
Albert Frisch/Convênio Instituto Moreira Salles – Leibniz-Institut fuer Laenderkunde, Leipzig
Albert Frisch
Augsburgo, Alemanha, 1840 – Berlim, Alemanha, 1918
Cozinha de maloca, 1867
Impressão digital
Albert Frisch/Convênio Instituto Moreira Salles – Leibniz-Institut fuer Laenderkunde, Leipzig
Milton Guran
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1948
Yanomami, Toototobi, Amazonas, 1991
Impressão fotográfica sobre papel
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Milton Guran
Milton Guran
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1948
Kayapó, Pará, 1990
Impressão com pigmento mineral sobre papel de algodão
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Milton Guran
Alexandre Rodrigues Ferreira
Salvador, BA, Brasil, 1756 – Lisboa, Portugal, 1815
Índio Mura inalando paricá, sem data
Reprodução digital de livro
Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira, Fundação Biblioteca Nacional
Alexandre Rodrigues Ferreira
Salvador, BA, Brasil, 1756 – Lisboa, Portugal, 1815
Maneira de inalar paricá e utensílios dos índios Mura, século XVIII
Reprodução digital de livro
Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira, Fundação Biblioteca Nacional
Paulo Lobo
São Paulo, Brasil, 1990
Estudo para Zodíaco (Oxóssi), 2024
Impressão digital
Acervo do artista
George Love
Charlotte, Carolina do Norte, EUA, 1937 – São Paulo, SP, Brasil, 1995
Riacho desconhecido com cegonhas [traduzido do termo storks empregado pelo autor], Ilha do Marajó, sem data
Impressas em jato de tinta adesivadas em placa de PS com chassis de madeira oculto
Acervo Zé Boni
Maria Sibylla Merian
Frankfurt, Alemanha, 1647 – Amsterdã, Holanda, 1717
Sem título [Ave e cobra], segunda metade do século XVII
Aquarela sobre papel
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Fundo Z
Margaret Mee
Chesham, Inglaterra, Reino Unido, 1909 – Leicestershire, Inglaterra, Reino Unido, 1988
Galeandra devoniana, 1970
Reprodução digital de aquarela sobre papel
Coleção particular
Valdir Cruz
Guarapuava, PR, Brasil, 1954
Homem com rosto e corpo pintados, 1997
Série Yanomami
Pigmento sobre papel
Coleção Museu de Arte do Rio (MAR), Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, Doação Rosa de Fátima Menescal Barbosa
George Love
Charlotte, Carolina do Norte, EUA, 1937 – São Paulo, SP, Brasil, 1995
Yanomami na rede, capa do livro Amazônia, sem data
Impressas em jato de tinta adesivadas em placa de PS com chassis de madeira oculto
Acervo Zé Boni
Frans Krajcberg
Kozienice, Polônia, 1921 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2017
Queimadas, circa 1980, Mato Grosso
Impressão digital
Coleção Association des Amis de Frans Krajcberg, Paris
Ricardo Ribenboim
São Paulo, SP, Brasil, 1953
H2OMEM, Sem data
Madeira angelim, tubo de ensaio, água do Rio Negro, mercúrio e tampo de acrílico
Acervo do artista
Solon Ribeiro
Crato, CE, Brasil, 1960
Na caverna do meu ego no2, 1992
Impressão digital
Acervo do artista
Siri
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1974
Polinização 02, 2022
Pintura com ouro e mel sobre bateia
Acervo do artista
Seba Calfuqueo
Santiago, Chile, 1991
Imagen País, Ngerekafe (tejedor), inspirado en Ange Cayuman, 2024
Cerâmica esmaltada azul, polida com brilho prateado e azul
Acervo do artista
Guy Veloso
Belém, PA, 1969
Pankararus em ritual sincrético na romaria de Padre Cícero, 2010
Impressão digital
Acervo do artista
José Patrício
Recife, PE, 1960
Pindorama, 2017
Impressão digital (pigmento mineral sobre papel, 49 x 64 cm)
Acervo do artista
Legenda das obras Vitrines
Claudia Andujar, Alvaro Machado
Claudia Andujar: Yanomami, la danse des images
Paris: Marval, 2007
Claudia Andujar
Thyago Nogueira (Org.)
Claudia Andujar: A luta Yanomami
Catálogo de exposição
São Paulo: IMS, 2018
Claudia Andujar, Marcelo Araújo, Joâo Fernandes, Thyago Nogueira, Valentina Tong
Claudia Andujar y la lucha Yanomami
Catálogo de exposição
Cidade do México: MUAC, UNAM/Fundación Amparo I.A.P., 2023
Claudia Andujar, Carolin Köchling
Claudia Andujar: Tomorrow Must Not Be Like Yesterday
Berlin: Kerber, 2017
Claudia Andujar
Mitopoemas Yãnomam
São Paulo: Olivetti, 1978
Maria Martins
Amazonia by María
Catálogo de exposição
Nova York: Valentine Gallery, 1943
Acervo pessoal Paulo Herkenhoff
Claudia Andujar
Marcados: Relatório Yanomami
1981–1983
Xauãna Pataxó
Desconhecido
Colar de pajé, 2025
Miçangas de Vidro
Coleção Museu Nacional de Belas Artes, doação da artista
Agostinho Ika Muru, Alexandre Quinet
Una Isï Kayawa: Livro da cura do povo Huni Kuin do rio Jordão
Rio de Janeiro: Dantes, 2014.
Acervo pessoal Fábio Scarano
Claudia Andujar
Marcados: Cartões de Saúde
Reprodução de arquivos digitais, 1981–1983
Ficha Técnica
Responsável: Museu do Amanhã - Conteúdo/Exposições
CLAUDIA ANDUJAR E SEU UNIVERSO: SUSTENTABILIDADE, CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE
Claudia Andujar
Curador Convidado
Paulo Herkenhoff
Artistas
Claudia Andujar
Albert Frisch
Alexandre Rodrigues Ferreira
Almires Martins
Armando de Queiroz
Bené Fonteles
Carlo Zacquini
Carlos Papa
Chico da Silva
Christus Nóbrega
Cildo Meireles
Denilson Baniwa
Edu Simões
Fiona Watson
Flávio de Carvalho
Frans Krajcberg
George Love
Guy Veloso
Guilherme Vaz
Hal Wildson
Hélio Melo
Jair Gabriel
Jan Fjeld
João Farkas
João Trevisan
Johann Feindt
Jorge Bodanzky
José Joaquim Freire
Lew Parrella
Kaio Lakaio
Margareth Mee
Marcelo Rodrigues
Maria Sibylla Merian
Mario Cravo Neto
Mário de Andrade
Martijn Van Nieuwenhuyzen
Maspã Huni Kuin
Maureen Bisilliat
Miguel Rio Branco
Milton Guran
Olney Krüse
Paula Sampaio
Paulo Lobo
Paulo Sampaio
Ricardo Ribenboim
Robert M Davies
Seba Calfuqueo
Sebastião Salgado
Selvagem (Ciclo)
Siri
Siron Franco
Solon Ribeiro
Thiago Martins de Melo
Tirry Pataxó
Valdir Cruz
Victor Moriyama
Walter Firmo
Xadalu Tupã Jekupé
Xauãna Pataxó
Curador do Museu do Amanhã
Fabio Scarano
Gerência Geral de Conteúdo
Camila Oliveira
Equipe Curatorial
Caetana Lara Resende
Julia Deccache
Julia Meira
Rafael Salimena
Lorena Peña
Redação
Fábio Scarano
Paulo HerkenhoffRafael Salimena
Camila Oliveira
Julia Meira
Equipe de Produção
Ingrid Vidal
Guilherme Venancio
Nathália Simonetti
Produção Artística
Karla Gama
Projeto Expográfico
Leila Scaf Rodrigues - LSR arquitetura
Projeto de Design
Verbo Arte Design
Fernando Leite
Alice Garambone
Projeto de Iluminação
Julio Katona
Assistente de Expografia
Leticia Nasser
Atendimento ao Público
Wagner Turques Guinesi
Alice Villa Frango
Nilson da Silva RamosAlessandra Batista da Conceição Penna
Brenda Pinheiro de Oliveira
Caio Correa de Sousa
Caue de Albuquerque Barroso
Douglas Porto Velho
Fernando Lopes Barbosa
Gabriel da Silva Ramos
Guilherme Augusto Gouveia
Igor Pereira Alencar
Ismael Freire de Almeida
Jose Americo da Rocha Filho
Jose Francisco de Souza
Luis Rodrigo dos Santos
Mariana Macedo do Nascimento
Matheus dos Santos Oliveira
Queren Priscila Oliveira de Souza
Rafael de Souza de Almeida
Raisa Medeiros de Oliveira
Shirlei de Oliveira Chagas
Vinicius Marcelo de Oliveira dos Santos
Vitor Santos da Silva
Yan Gomes Silveira
Educação Museal
Stephanie Santana
Renan Freira
Bruno Baptista
Bianca Paes Araújo
Fernanda de Castro
Juan Barbosa
Julia Mayer
Juliana Câmara
Marcus Andrade
Maria Luiza Lopes
Nicolle Portela
Nicolle Soalheiro
Thainá Nunes
Vinicius Andrade
Vinicius Valentino
Execução da Estrutura Cenográfica
Detagek
Gráfica
Ginga Design
Impressões Fotográficas
Estúdio 321
Thiago Barros Arte Lab
Estúdio Lupa
Estúdio Lukas Cravo
Molduras
Jacarandá Montagens
Metara
Montagem Fina
Kbedim
Instalações Audiovisuais
Luiz Lima
Ana Barth
Bruno Carreiro
Edson Castro
Vanderson Vieira
Inovatec Soluções Audiovisuais
Instalação Elétrica
Francisco Galdino
Diogo Freire
Marlon Vidal
Silas Miranda
Alexandre Souto
Jefton Elias
Ezequiel Tavares
Jose Petrucio
Camila Fraga
Produção de Montagem
Órbita
Equipe de Museologia
Tatiana Paz
Fabiana Motta
Camilla Brito
Museólogos
Flora Pinheiro
Mayara Motta
Daniele Santos
Débora Koury
Aluane de Sá
Paulo Laia
Seguro das obras
Howden Brasil
Ezze Seguros
Transporte de Obras
Millenium Transportes
Revisão de Texto
Jade Medeiros
Versão em inglês
Jade Medeiros
Versão em espanhol
Larissa Bontempi
Acessibilidade tátil
Paju SA Engenharia
Objetos sensoriais
Luiza Kemp
Acessibilidade de conteúdo
Juliete Viana
Projeto de emergência e elétrica
PI Projetos e Instalações
Agradecimentos
Jornal do Brasil
Instituto Moreira Salles
Andrea Zabrieszach Santos
Marco Lucchesi
Monica BN
Roberta Maiorana
Vânia Leal
Ricardo Metara
Thiago Barros
Victor Correia
Silvia Cintra
Victor Lucas Santos
Galeria Almeida e Dale
Stefania Paiva
Cauê Alves
Yuri Firmeza
Welington Rodrigues
Thiago Martins de Melo
Marília Razuk
Blanche Marie Evin
Guy Veloso
Fundo Z / Museu de Arte do Rio (MAR)
Marco Cirenza
Tirry Pataxó
Galeria Cana
Ronaldo Simões
Carolina Olinto
Hussein Rimi
Marcelo Guarnieri
Museu Judaico do Rio de Janeiro
Eliane Pszczol
Marcelo Campos
Luiz Chrysostomo de Oliveira
Fotoativa
FotoRio
Museu Iberê Camargo
Airton Krenak
Anna Dantes
Selvagem
Movimento Indígena das Escolas Vivas
Paulo Gurgel Valente
Ricardo Cantarino
Carlo Cirenza / Carcara Photo Art
Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) / Universidade de São Paulo
FGV Conhecimento
Sidnei Gonzalez
Renata de Paula
UNICAMP
Estúdio Denilson Baniwa
Leo Pedrosa
Roberto Alban
Mauro Saraiva / Tsara
Ficha Técnica
Claudia Andujar
Curador Convidado
Paulo Herkenhoff
Artistas
Claudia Andujar
Albert Frisch
Alexandre Rodrigues Ferreira
Almires Martins
Armando de Queiroz
Bené Fonteles
Carlo Zacquini
Carlos Papa
Chico da Silva
Christus Nóbrega
Cildo Meireles
Denilson Baniwa
Edu Simões
Fiona Watson
Flávio de Carvalho
Frans Krajcberg
George Love
Guy Veloso
Guilherme Vaz
Hal Wildson
Hélio Melo
Jair Gabriel
Jan Fjeld
João Farkas
João Trevisan
Johann Feindt
Jorge Bodanzky
José Joaquim Freire
Lew Parrella
Kaio Lakaio
Margareth Mee
Marcelo Rodrigues
Maria Sibylla Merian
Mario Cravo Neto
Mário de Andrade
Martijn Van Nieuwenhuyzen
Maspã Huni Kuin
Maureen Bisilliat
Miguel Rio Branco
Milton Guran
Olney Krüse
Paula Sampaio
Paulo Lobo
Paulo Sampaio
Ricardo Ribenboim
Robert M Davies
Seba Calfuqueo
Sebastião Salgado
Selvagem (Ciclo)
Siri
Siron Franco
Solon Ribeiro
Thiago Martins de Melo
Tirry Pataxó
Valdir Cruz
Victor Moriyama
Walter Firmo
Xadalu Tupã Jekupé
Xauãna Pataxó
Curador do Museu do Amanhã
Fabio Scarano
Gerência Geral de Conteúdo
Camila Oliveira
Equipe Curatorial
Caetana Lara Resende
Julia Deccache
Julia Meira
Rafael Salimena
Lorena Peña
Redação
Fábio Scarano
Paulo Herkenhoff
Rafael Salimena
Camila Oliveira
Julia Meira
Equipe de Produção
Ingrid Vidal
Guilherme Venancio
Nathália Simonetti
Produção Artística
Karla Gama
Projeto Expográfico
Leila Scaf Rodrigues - LSR arquitetura
Projeto de Design
Verbo Arte Design
Fernando Leite
Alice Garambone
Projeto de Iluminação
Julio Katona
Assistente de Expografia
Leticia Nasser
Atendimento ao Público
Wagner Turques Guinesi
Alice Villa Frango
Nilson Da Silva Ramos
Alessandra Batista Da Conceicao Penna
Brenda Pinheiro De Oliveira
Caio Correa De Sousa
Caue De Albuquerque Barroso
Douglas Porto Velho
Fernando Lopes Barbosa
Gabriel Da Silva Ramos
Guilherme Augusto Gouveia
Igor Pereira Alencar
Ismael Freire De Almeida
Jose Americo Da Rocha Filho
Jose Francisco De Souza
Luis Rodrigo Dos Santos
Mariana Macedo Do Nascimento
Matheus Dos Santos Oliveira
Queren Priscila Oliveira De Souza
Rafael De Souza De Almeida
Raisa Medeiros De Oliveira
Shirlei De Oliveira Chagas
Vinicius Marcelo De Oliveira Dos Santos
Vitor Santos Da Silva
Yan Gomes Silveira
Educação Museal
Stephanie Santana
Renan Freira
Bruno Baptista
Bianca Paes Araújo
Fernanda de Castro
Juan Barbosa
Julia Mayer
Juliana Câmara
Marcus Andrade
Maria Luiza Lopes
Nicolle Portela
Nicolle Soalheiro
Thainá Nunes
Vinicius Andrade
Vinicius Valentino
Execução da Estrutura Cenográfica
Detagek
Gráfica
Ginga Design
Impressões Fotográficas
Estúdio 321
Thiago Barros Arte Lab
Estúdio Lupa
Estúdio Lukas Cravo
Molduras
Jacarandá Montagens
Metara
Montagem Fina
Kbedim
Instalações Audiovisuais
Luiz Lima
Ana Barth
Bruno Carreiro
Edson Castro
Vanderson Vieira
Inovatec Soluções Audiovisuais
Instalação Elétrica
Francisco Galdino
Diogo Freire
Marlon Vidal
Silas Miranda
Alexandre Souto
Jefton Elias
Ezequiel Tavares
Jose Petrucio
Camila Fraga
Produção de Montagem
Órbita
Equipe de Museologia
Tatiana Paz
Fabiana Motta
Camilla Brito
Museólogos
Flora Pinheiro
Mayara Motta
Daniele Santos
Débora Koury
Aluane de Sá
Paulo Laia
Seguro das obras
Howden Brasil
Ezze Seguros
Transporte de Obras
Millenium Transportes
Revisão de Texto
Jade Medeiros
Versão em inglês
Jade Medeiros
Versão em espanhol
Larissa Bontempi
Acessibilidade tátil
Paju SA Engenharia
Objetos sensoriais
Luiza Kemp
Acessibilidade de conteúdo
Juliete Viana
Projeto de emergência e elétrica
PI Projetos e Instalações
Agradecimentos
Jornal do Brasil
Instituto Moreira Salles
Andrea Zabrieszach Santos
Marco Lucchesi
Monica BN
Roberta Maiorana
Vânia Leal
Ricardo Metara
Thiago Barros
Victor Correia
Silvia Cintra
Victor Lucas Santos
Galeria Almeida e Dale
Stefania Paiva
Cauê Alves
Yuri Firmeza
Welington Rodrigues
Thiago Martins de Melo
Marília Razuk
Blanche Marie Evin
Guy Veloso
Fundo Z / Museu de Arte do Rio (MAR)
Marco Cirenza
Tirry Pataxó
Galeria Cana
Ronaldo Simões
Carolina Olinto
Hussein Rimi
Marcelo Guarnieri
Museu Judaico do Rio de Janeiro
Eliane Pszczol
Marcelo Campos
Luiz Chrysostomo de Oliveira
Fotoativa
FotoRio
Museu Iberê Camargo
Airton Krenak
Anna Dantes
Selvagem
Movimento Indígena das Escolas Vivas
Paulo Gurgel Valente
Ricardo Cantarino
Carlo Cirenza / Carcara Photo Art
Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) / Universidade de São Paulo
FGV Conhecimento
Sidnei Gonzalez
Renata de Paula
UNICAMP
Estúdio Denilson Baniwa
Leo Pedrosa
Roberto Alban
Mauro Saraiva / Tsara