Humanos: uma força geológica | Museu do Amanhã

Humanos: uma força geológica

Observatório do Amanhã
Pessoas com guarda-chuvas nas ruas de Tóquio / Foto de Moyan Brenn (Flickr)
Início: 
sexta, 02 de setembro de 2016
Término: 
sexta, 02 de setembro de 2016

Somos hoje 7 bilhões de pessoas no planeta. Para suprir toda esta população – ou boa parte dela – de alimentos e energia, extrapolamos limites e extraímos recursos mais rapidamente do que a capacidade de regeneração da Terra. Todas estas mudanças nos fluxos do planeta, provocadas pela ação humana, caracterizam a época atual, que muitos pesquisadores nomeiam informalmente de “Antropoceno”. Para discutir estas questões, o Museu do Amanhã apresenta no dia 2 de setembro, às 15h, no Observatório do Amanhã, a palestra “Humanos: uma força geológica”. 

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O evento trará Juliana Ivar do Sul, pesquisadora em Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e membro do Grupo de Trabalho em Antropoceno da Comissão Estratigráfica Internacional, e o consultor da área de Antropoceno do Museu do Amanhã e professor de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ), José Augusto Pádua, e que tem colocado em debate a formalização do termo.

Cunhado por pelo biólogo Eugene Stoermer nos anos 1980 e popularizado pelo químico Paul Crutzen nos anos 2000, "Antropoceno" vem do grego ‘Anthropo’ (homem) e ‘ceno’ (novo), e remete à ação humana como força geológica, bastante significante em impacto e extensão. Nos últimos 50 anos, defendem pesquisadores, alteramos mais o planeta do que em toda a nossa existência de 200 mil anos.

Ao redor do termo, um debate acalorado sobre se ele deve ser formalizado na nomenclatura científica ou não tem dividido opiniões. Por um lado há cientistas que consideram que o “Antropoceno” é uma questão mais política que necessariamente científica. Por outro, pesquisadores consideram o debate como fundamentalmente científico, antes de ser político. 
 
Capitaneada pela Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS, na sigla em inglês), a palavra final sobre o imbróglio deve demorar alguns anos antes de ser finalmente decidida. A discussão é um dos temas em debate no 35º Congresso Geológico Internacional, que acontece entre 28 de agosto e 04 de setembro na Cidade do Cabo, África do Sul.
O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, e conta com patrocinadores e parcerias que garantem a manutenção e execução dos projetos e programas ao longo do ano. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo.